Bolsonaro destacou em uma publicação nas redes sociais seu “respeito e admiração pelo Governo dos Estados Unidos”, além de solicitar a imediata ação dos Poderes do país para restabelecer a normalidade institucional. Ele expressou sua crença de que ainda há tempo para “salvar o Brasil”, sugerindo que a atual situação é crítica.
O ex-presidente utilizou a ocasião para reforçar sua retórica, comparando sua própria situação a uma “caça às bruxas”, ecoando as queixas de Trump sobre perseguições políticas. É importante lembrar que Bolsonaro é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) devido à sua suposta tentativa de golpe de Estado, que culminou nos tumultos de 8 de janeiro deste ano.
Em seu post, Bolsonaro também manifestou preocupação com o caminho que o país está seguindo, mencionando “isolamento e vergonha internacional”. Ele denunciou o que considera uma escalada de abusos, censura e perseguição política, clamando por um fim a essas práticas.
No cerne da questão, a carta de Trump, enviada na quarta-feira, 9, não apenas anunciava o aumento tarifário, mas também abordava a situação judicial de Bolsonaro, caracterizando como perseguição a ação do STF, que, por sua vez, teria censurado ilegalmente plataformas digitais americanas operando no Brasil.
Como resposta, Lula insisti que o Brasil reagirá à medida por meio da Lei de Reciprocidade Econômica, que já foi aprovada pelo Congresso. Ele deixou claro que qualquer aumento de tarifas unilaterais por parte dos Estados Unidos será confrontado conforme a legislação brasileira.
Nesse contexto, a repercussão nas redes sociais revelou divisões entre políticos. Enquanto figuras da direita acusavam o ministro Alexandre de Moraes e o governo Lula pela situação, apoiadores do governo destacavam a incoerência dos defensores de Bolsonaro, que anteriormente se autodenominavam “patriotas”, agora defendendo sanções econômicas contra o próprio país. A situação permanece tensa, com o futuro das relações Brasil-Estados Unidos em jogo.