A proposta em questão é protocolar ações em tribunais e comitês internacionais com o intuito de expor publicamente o andamento do processo, que já foi aceito pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão da Corte sobre o caso é aguardada com expectativa, e os advogados de Bolsonaro consideram que a rapidez com que o processo está sendo conduzido é “atípica”. De acordo com fontes próximas ao ex-presidente, existe uma preocupação de que a situação se agrave a ponto de resultar na prisão de Bolsonaro ainda em 2025.
Neste cenário, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e tido como um dos principais estrategistas no exterior, tem desempenhado um papel crucial. Desde a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Eduardo tem realizado frequentes viagens àquele país, buscando reforçar relações que possam ajudar sua família e os aliados diante das acusações que estão sendo enfrentadas no Brasil. Essa conexão com a política americana é vista como uma oportunidade para mobilizar apoio e pressionar os órgãos competentes e as instituições internacionais.
A denúncia da PGR foi formalmente apresentada ao STF em 18 de fevereiro, e a expectativa é de que o julgamento comece neste mês de março. O quadro atual implica que a Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, vai decidir sobre a aceitação da denúncia, levando em conta se há evidências suficientes para dar início a uma ação penal. Caso a denúncia seja aceita, os acusados assumirão o status de réus e o processo judicial terá prosseguimento, com decisões subsequentes a serem tomadas pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes.
Esse cenário complexo marca um momento crítico na política brasileira, onde a combinação de estratégias judiciais e mobilizações internacionais delineia uma nova fase na luta de Bolsonaro contra as acusações que enfrenta.