O deputado Arthur Lira, há muito tempo demanda que o governo não tenha o voto qualificado no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Bolsonaro acaba de atender a esta demanda.
O voto qualificado do governo permitia que, em caso de empate, a Receita Federal desempatasse a favor do fisco. Como se trata de um órgão que lida com grandes devedores de impostos, ao abolir o voto qualificado Bolsonaro acabou por beneficiar as empresas devedoras.
Bolsonaro tomou esta decisão depois de se reunir, na semana passada, com Ciro Nogueira, Marcos Pereira e Wellington Roberto, todos do Centrão.
Não significa que o atendimento a esta demanda, em absoluto, esteja sendo formada uma aliança sólida entre o Presidente da República e os partidos do Centrão, nada disso, trata-se apenas de uma questão pontual. O fato é que em período de queda de arrecadação a perda do voto qualificado é sinônimo de menos receitas para a União.