Fontes ligadas a Jair Bolsonaro revelaram que a adesão de Tarcísio à candidatura nacional requer não apenas a presença de Michelle, mas também a habilidade do governador em articular e consolidar o apoio de partidos do centrão e da direita. Essa solicitação evidencia a preocupação de Bolsonaro em unificar as forças em um contexto político fragmentado.
Apesar desse apoio, a disposição de Tarcísio em se lançar como candidato à Presidência é questionável. Recentemente, ele anunciou sua intenção de buscar a reeleição como governador de São Paulo em 2026, o que complicaria sua participação na corrida presidencial. Esta declaração foi feita logo após um encontro com Bolsonaro, onde o governador demonstrou solidariedade ao ex-presidente, que atravessa um momento turbulento em sua trajetória política.
Nem todos perto de Tarcísio mostram-se otimistas quanto à sua candidatura. O governador já havia indicado a aliados um possível recuo em sua intenção de concorrer ao Palácio do Planalto, apontando em favor de outra figura emergente da direita: Ratinho Junior, governador do Paraná pelo PSD. Essa mudança de foco pode ser resultado de recentes desdobramentos políticos, como a controvérsia em torno da PEC da Blindagem e a proposta de anistia para os que participaram dos eventos de 8 de janeiro.
Além disso, a resistência expressa por Eduardo Bolsonaro em relação à candidatura de Tarcísio pode impactar negativamente essa aliança pretendida. O cenário atual, portanto, revela uma complexa teia de interesses e alianças que poderá moldar as candidaturas para 2026, com a necessidade de estratégias bem articuladas para garantir um campo forte e coeso em um momento em que a polarização política continua a ser um desafio premente.