Bolsonaristas veem Marco Rubio como ‘cavalo de Troia’ nas negociações entre Brasil e Estados Unidos após conversa entre Lula e Trump.

Na última segunda-feira, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, realizaram uma conversa oficial que marca o início de um novo ciclo nas relações entre os dois países. A conversa tem como pano de fundo as recentes tarifas de 50% impostas pelo governo americano sobre as exportações brasileiras, uma medida que provocou reações em diversos setores no Brasil.

Ambos os presidentes acordaram que suas equipes de negociadores continuarão trabalhando para tentar reduzir essas tarifas, que têm o potencial de afetar substancialmente as importações brasileiras. A equipe brasileira é composta por figuras de destaque como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Pelo lado americano, o responsável por liderar as conversações será o secretário de Estado, Marco Rubio.

Rubio é visto como uma figura central neste processo, especialmente entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acreditam que ele pode agir como um “cavalo de Troia” nas negociações. A expectativa é que Rubio, que possui uma posição firme contra governos de esquerda na América Latina, possa alinhar posições que tragam benefícios ao Brasil em detrimento de políticas que não atendam aos interesses da administração atual.

O interesse do bolsonarismo em Marco Rubio se baseia na sua proximidade com ideais conservadores e sua origem cubano-americana, refletindo suas críticas a governos de esquerda, como o de Nicolás Maduro na Venezuela. O Departamento de Estado é visto como um dos órgãos mais receptivos a essa ala política brasileira, já tendo recebido a visita do deputado Eduardo Bolsonaro em uma reunião em Washington.

Embora Rubio esteja claramente designado para conduzir as negociações, ainda surge a expectativa de que Lula e Trump se encontrem pessoalmente em um futuro próximo, embora detalhes sobre o local e a data desse possível encontro ainda não tenham sido divulgados. O desenrolar dessas discussões poderá ser crucial para determinar a trajetória das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos nos próximos anos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo