O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde março deste ano, utilizou sua conta no X (anteriormente conhecido como Twitter) para manifestar a intenção por trás do ato. Segundo ele, a bandeira era uma forma de protesto pela “liberdade” e uma crítica ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Eduardo destacou que a ação também servia como um reconhecimento ao ex-presidente americano Donald Trump.
No entanto, o ato gerou reações contundentes entre os opositores. Líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) dispararam críticas. Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, enfatizou que a presença da bandeira americana na Avenida Paulista era uma afronta ao significado do 7 de setembro, afirmando que essa data deve ser uma celebração brasileira. José Guimarães, líder do governo na Câmara, não hesitou em comparar a exibição da bandeira dos Estados Unidos com a do Brasil durante os desfiles cívicos-militares em Brasília, chamando os manifestantes de “traidores da pátria”.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou, afirmando que a diferença entre os bolsonaristas e outros grupos é que “batemos continência para a bandeira brasileira”. Ela criticou a escolha da bandeira americana, citando o impacto negativo que os EUA estão causando ao Brasil, como tarifas e sanções.
Este episódio ilustra a polarização política no Brasil, especialmente em um momento em que a história e a identidade nacional são frequentemente debatidas e reimaginadas. A escolha de levar a bandeira americana em um ato de celebração da independência provoca reflexões sobre a relação do Brasil com os Estados Unidos e o significado do patriotismo em tempos conturbados.
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