Em Londres, o FTSE 100 registrou uma queda de 4,38%, atingindo os 7.702,08 pontos. Paris, por sua vez, viu o CAC 40 cair 4,78%, para 6.927,12 pontos, e Madri sofreu com um declínio de 5,12% no Ibex 35, que fechou aos 11.785,80 pontos. Lisboa e Milão também não escaparam das perdas, com recuos de 5,63% no PSI 20 e 5,18% no FTSE MIB, respectivamente.
O índice DAX, principal da bolsa de Frankfurt, teve uma queda de 4,26% para 19.761,89 pontos. Durante a manhã, o DAX chegou a cair 10%, mas conseguiu recuperar parte das perdas antes de voltar a cair. Analistas apontam que a Alemanha é um dos países mais vulneráveis às tarifas de Trump, devido à sua forte relação comercial com os EUA, especialmente no setor automotivo.
Setores como defesa e bancário foram impactados diretamente, com empresas como a fabricante de tanques alemã Rheinmetall e a Rolls-Royce do Reino Unido sofrendo quedas significativas. Os bancos Barclays, Deutsche Bank, Intesa Sanpaolo e BNP Paribas também tiveram desvalorizações expressivas.
Líderes da União Europeia demonstraram preocupação com os efeitos da política comercial de Trump, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizando a abertura do bloco para negociações, mas pronta para proteger seus interesses. Enquanto isso, autoridades como o ministro polonês Michal Baranowski e o dirigente do BCE, Yannis Stournaras, alertaram para os possíveis impactos negativos das ações protecionistas de Trump.
Em meio a esses desdobramentos, os mercados permanecem atentos à guerra entre Rússia e Ucrânia, enquanto os dados econômicos europeus, como as vendas no varejo na zona do euro e a produção na Alemanha, ficaram em segundo plano diante da tensão comercial e geopolítica.