Na nota, o governo boliviano ressaltou seu compromisso com o pacifismo e a proibição constitucional da instalação de bases militares estrangeiras em seu solo. Essa postura reflete o desejo da Bolívia de se afirmar como uma nação que prioriza a paz e a estabilidade regional, em contrariedade a quaisquer tentativas de fomentar conflitos entre nações da América Latina. As autoridades bolivianas advertiram que declarações como as feitas pela diplomática de Israel visam criar um clima de hostilidade e confronto, o que é contrário aos objetivos estabelecidos na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Adicionalmente, o governo boliviano reafirmou seu apoio ao reconhecimento da Palestina como um Estado e à urgência de um cessar-fogo nas hostilidades que assolam o território palestino. Essa posição está em alinhamento com a opinião da maioria dos países que compõem a Organização das Nações Unidas. No contexto de tensões exacerbadas pela situação em Gaza, a Bolívia já havia tomado a decisão de romper relações diplomáticas com Israel, um ato simbolicamente significativo que reflete sua crítica à violência e ao sofrimento sofridos pelo povo palestino.
A ministra da Presidência, María Nela Prada, comunicou anteriormente que o rompimento das relações seria formalizado por meio dos canais diplomáticos adequados, enfatizando que tal decisão está em conformidade com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas. A resposta da Bolívia às recentes alegações serve para enfatizar sua postura em defesa da paz, enquanto também reforça sua posição de solidariedade com o povo palestino em um momento tão delicado.