Em sua mensagem, Arce abordou a ameaça que os recursos naturais do país, especialmente o lítio, estão enfrentando por parte de agentes e interesses externos. O presidente sublinhou que a industrialização não é apenas um objetivo, mas sim a chave para a autossuficiência e o desenvolvimento sustentável do país. Ele enfatizou a necessidade de se consolidar a nacionalização dos recursos naturais estratégicos, destacando a importância da soberania sobre esses bens.
Luis Arce também fez uma analogia entre os desafios que o país enfrenta atualmente e aqueles que seus antepassados enfrentaram no passado. Ele declarou que a independência e a liberdade da Bolívia estão novamente sob risco, citando interesses externos que buscam explorar as riquezas naturais da nação, incluindo lítio, terras raras e água. Esse aviso ressoa num momento em que a Bolívia se prepara para eleições presidenciais, nas quais Arce buscará a reeleição em um cenário marcado por protestos e divisões internas em seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS).
Além da industrialização, Arce reafirmou o compromisso do governo com a segurança alimentar, visando transformar a Bolívia em uma potência na produção de alimentos. Ele mencionou a necessidade de oferecer alternativas para reduzir a dependência em relação à importação de combustíveis, apostando na ideia de que o crescimento econômico deve ser distribuído de maneira equitativa.
O discurso de Arce não apenas aponta para uma agenda econômica ambiciosa, mas também para um chamado à unidade nacional em tempos de desafios políticos e sociais. O presidente busca galvanizar seu apoio, promovendo um projeto de desenvolvimento autossuficiente que prioriza os interesses do povo boliviano em face de pressões externas.
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