Hugo Siles, embaixador boliviano em Pequim, destacou em uma entrevista ao canal estatal Bolivia TV que a assinatura do acordo representa um passo crucial na ampliação das exportações bolivianas para a China, que já incluem produtos como quinoa, carne bovina e soja. A expectativa é que a lista de produtos exportáveis da Bolívia para o mercado chinês se expanda, considerando o consumo crescente de superalimentos na China, que são valorizados por suas qualidades nutricionais superiores.
De acordo com as estimativas de Siles, com a formalização do acordo, a China poderá importar 9 mil toneladas de chia da Bolívia a cada ano. Esse avanço no comércio internacional é apoiado pelo governo boliviano, que vê o mercado chinês como uma enorme oportunidade de negócios. Siles ressaltou que houve um interesse significativo por parte do governo chinês em viabilizar a importação da chia boliviana.
No panorama das relações comerciais entre os dois países, os números revelam um cenário interessante: em 2022, a Bolívia exportou mercadorias para a China no valor de mais de US$ 800 milhões, enquanto as importações ultrapassaram a casa dos US$ 2,5 bilhões. Este desequilíbrio nas trocas comerciais enfatiza a necessidade da Bolívia em diversificar e aumentar suas exportações para o gigante asiático.
Além disso, a entrega deste superalimento, que possui características excepcionais em termos de nutrição, poderá fortalecer ainda mais as relações comerciais e diplomáticas entre Bolívia e China, dando um novo impulso à agricultura boliviana e contribuindo para a economia local. A expectativa é de que a assinatura do acordo não apenas melhore o acesso a mercados internacionais, mas também traga benefícios diretos para os produtores de chia no país andino.