Com a campanha de boicote ganhando destaque no Oriente Médio contra empresas como Coca-Cola, McDonald’s e Nestlé, as empresas locais no Paquistão têm se beneficiado desse movimento. O diretor administrativo da Mezan Beverages, responsável pelo refrigerante em questão, afirmou que a ColaNext se tornou popular em diversas regiões do país, impulsionando as vendas.
O movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) visa pressionar financeiramente Israel por suas ações na região, em especial durante o recente conflito com o Hamas. Essa campanha repercutiu no Paquistão, onde manifestantes direcionaram sua raiva a empresas americanas, incendiando restaurantes e promovendo marcas locais como alternativa.
A atriz Ushna Shah tem usado suas redes sociais para mobilizar seus seguidores a apoiarem o boicote econômico como forma de protesto. Em diversas partes do Paquistão, lojas retiraram produtos estrangeiros de suas prateleiras, enquanto supermercados marcaram os produtos claramente para satisfazer a demanda dos consumidores.
Embora o movimento de boicote tenha despertado um senso de patriotismo nas pessoas, alguns especialistas alertam que o impacto econômico desse localismo ainda é limitado. Apesar do aumento na produção local, o país continua dependente de matérias-primas importadas.
No entanto, os defensores do movimento acreditam que o patriotismo despertado nos consumidores paquistaneses garantirá uma mudança duradoura no comportamento de compra, mostrando um apoio contínuo às marcas locais. A página “Pakistan Goes Local”, lançada por Maria Iqbal, é um exemplo desse sentimento nacionalista que tem ganhado força no país.
O futuro desse movimento de boicote no Paquistão ainda é incerto, com alguns analistas prevendo que a tendência pode se dissipar nos próximos meses. No entanto, as mudanças observadas até o momento na economia e no comportamento do consumidor indicam um despertar nacionalista que pode influenciar o mercado local a longo prazo.