Em um seminário realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, intitulado “Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil”, Mercadante ressaltou a importância da Margem Equatorial como a última fronteira que o Brasil possui, com um potencial imenso para o país. Ele destacou o papel estratégico do BNDES e a relevância da Petrobras para a produção responsável e a descoberta de reservas nessa área. Segundo o presidente do BNDES, essa região pode ser o diferencial para gerar renda, mas é fundamental seguir as melhores práticas e atender às exigências do Ibama para garantir a produção de forma segura. Mercadante reforçou ainda o compromisso do BNDES em trabalhar em conjunto com a Petrobras na Margem Equatorial.
O presidente do BNDES comparou a discussão em torno da Margem Equatorial com a do pré-sal, no início dos anos 2000, citando preocupações semelhantes, como custos e riscos de vazamentos. Além disso, Mercadante ressaltou a necessidade de a Petrobras avançar no desenvolvimento de energia eólica offshore e hidrogênio verde.
Por sua vez, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, falou sobre as iniciativas da empresa na área de transição energética, como investimentos em hidrogênio e baterias de carros. Prates destacou a importância de ter uma refinaria e buscar parcerias para patrocinar essa transição. Ele também comentou sobre o licenciamento para perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, afirmando que espera obter a autorização do Ibama em breve.
Prates mencionou os esforços da Petrobras em energia eólica offshore, com 17 acordos já firmados, além dos planos para biocombustíveis e estudos sobre baterias e armazenamento de energia. Ele ainda afirmou que a expectativa é iniciar as atividades no Amapá no primeiro trimestre do ano que vem ou ao longo de 2024.
No entanto, especialistas alertam para os riscos ambientais na Margem Equatorial, especialmente para o sistema de recifes da Amazônia. Apesar disso, os representantes da Petrobras e do BNDES reforçaram a importância de explorar essa região de forma responsável e segura, buscando conciliar a produção de petróleo com a preservação do meio ambiente.
Essa aproximação entre o BNDES e a Petrobras visa impulsionar o desenvolvimento da indústria de petróleo do Brasil e garantir uma transição energética justa, com investimentos em fontes de energia renováveis e sustentáveis. Ambas as instituições demonstram o compromisso em conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.







