Este investimento não é um movimento isolado; já em 2022, o BNDES havia concedido uma linha de crédito de R$ 490 milhões para apoiar o desenvolvimento do programa de eVTOL da Eve, que tem como meta inicial a produção de até 480 aeronaves anualmente. A expectativa é de que essa capacidade produtiva seja ampliada em quatro fases, com cada fase contemplando a fabricação de 120 unidades. O primeiro protótipo em escala real desse inovador veículo foi apresentado em julho deste ano, marcando um passo importante na busca por soluções modernas de mobilidade urbana.
A Eve Air Mobility se destaca pelo seu notável portfólio de pedidos, acumulando cerca de 2,9 mil cartas de intenção de 30 clientes em 13 países, o que representa um potencial de faturamento estimado em US$ 14,5 bilhões – aproximadamente R$ 82 bilhões. O eVTOL é projetado para decolagens e aterrissagens verticais, similar ao funcionamento de helicópteros modernos, mas oferece uma proposta mais sustentável, já que é alimentado por energia elétrica, o que elimina a emissão de dióxido de carbono e minimiza a poluição sonora.
Os testes em curso são abrangentes, focando em avaliar a operação e o desempenho da aeronave sob diferentes condições. O sistema de propulsão, composto por motores elétricos duplos, promete não apenas superar padrões elevados de eficiência e segurança, mas também garantir custos operacionais reduzidos.
Com esse investimento, o Brasil consolida sua posição no emergente mercado de mobilidade aérea urbana, com a expectativa de se tornar um jogador relevante na produção global de veículos aéreos elétricos, alinhando a tradição da Embraer em engenharia aeronáutica com as demandas atuais por inovação e sustentabilidade.