Bloco de esquerda Nova Frente Popular vence eleições legislativas na França, contrariando pesquisas, e extrema-direita fica em terceiro lugar.



Neste domingo, eleitores de 506 distritos franceses retornaram às urnas para eleger seus representantes no Parlamento, em um segundo turno histórico que contrariou as pesquisas de opinião. Até o momento, os resultados indicam que o bloco de esquerda Nova Frente Popular se consolidou como a maior força do Parlamento, superando as expectativas e se tornando o destaque das eleições.

A extrema direita, representada pelo Reagrupamento Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, que havia obtido bons resultados no primeiro turno, surpreendentemente ficou em terceiro lugar, atrás também do bloco do presidente Emmanuel Macron, de centro-direita. Como reflexo desses resultados, o primeiro-ministro Gabriel Attal, do bloco macronista, anunciou sua renúncia ao cargo, gerando especulações sobre os próximos passos do governo francês.

O Palácio do Eliseu informou que Macron aguardará a “estruturação” da nova Assembleia para tomar as decisões necessárias, demonstrando cautela diante dos resultados que ainda podem sofrer alterações. Com nenhum bloco conquistando maioria absoluta, diferentes cenários se apresentam para a formação do novo governo, incluindo uma possível coalizão entre partidos de diferentes espectros políticos ou até mesmo a nomeação de um governo tecnocrata com apoio parlamentar.

Apesar da necessidade de construir uma maioria parlamentar, as divergências entre os partidos, especialmente entre a esquerda radical representada por Jean-Luc Mélenchon (LFI) e Macron, podem dificultar as negociações. Mesmo com mobilizações em prol de alianças, o bloco macronista tem mostrado resistência em ceder espaço para a esquerda radical. Diante desse cenário, o desafio de construir um governo estável e capaz de aprovar medidas importantes para o país se mostra cada vez mais complexo.

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