Blinken sinaliza autorização de Kiev para atacar território russo enquanto Rússia adiciona mísseis iranianos ao arsenal: tensão aumenta.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante sua visita a Kiev nesta quarta-feira, sinalizou uma possível mudança na postura do Ocidente em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia. Blinken mencionou a avaliação de permitir que Kiev ataque mais intensamente o território russo com armas de fabricação ocidental, enquanto a Rússia incorpora mísseis balísticos iranianos ao seu arsenal.

A visita de Blinken ocorreu no momento em que a Rússia lançava uma contraofensiva na região de Kursk, buscando recuperar o controle do território que as forças ucranianas haviam tomado há mais de um mês. A Ucrânia vinha pressionando os Estados Unidos para obter permissão de uso de mísseis de longo alcance a fim de conter as investidas russas e interromper os ataques de Moscou ao seu território.

Entretanto, os EUA têm mostrado certa relutância em conceder essa permissão, temendo uma escalada ainda maior do conflito com a Rússia. Blinken destacou em coletiva que as estratégias serão ajustadas de acordo com as necessidades e mudanças no campo de batalha.

Além das preocupações com a escalada do conflito, autoridades norte-americanas apontaram outras razões para a hesitação em fornecer armamento de longo alcance, incluindo a dúvida sobre a eficácia dessas armas para mudar o curso dos acontecimentos. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou que o aval para uso desses mísseis seria interpretado por Moscou como uma escalada do conflito.

Após a ofensiva ucraniana em Kursk, a Rússia lançou ataques devastadores em diversas cidades e infraestruturas na Ucrânia, utilizando drones e mísseis balísticos. As autoridades ocidentais temem que a destruição da rede elétrica do país possa resultar em uma fuga em massa de ucranianos de suas casas neste inverno.

Blinken também alertou sobre a entrega de mísseis balísticos iranianos à Rússia, destacando que isso possibilitará a intensificação dos ataques por parte de Moscou. A situação no leste da Europa permanece tensa, com desdobramentos incertos e constantes tensões geopolíticas entre as nações envolvidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo