Em uma declaração, Lemann admitiu a crise enfrentada pela empresa, ressaltando a necessidade de lidar com a situação de forma a não afetar os 30 mil funcionários da Americanas. A fraude contábil foi atribuída à gestão anterior, liderada por Miguel Gutierrez, que teria ocultado contas relacionadas a contratos de marketing e financiamento da cadeia de suprimentos para inflar os resultados. Apesar de a Americanas representar apenas uma parte da fortuna de Lemann, estimada em cerca de US$ 23 bilhões, o escândalo comprometeu sua imagem de investidor de sucesso.
Com o intuito de recapitalizar a empresa, os acionistas majoritários estão injetando R$ 12 bilhões e se comprometeram a não vender suas ações por um período mínimo de três anos. Lemann, que raramente concede entrevistas à imprensa, falou publicamente sobre a fraude contábil na Americanas em uma declaração conjunta em 2023, demonstrando sua preocupação e empenho em reverter a situação.
Além de destacar a importância da confiança e da delegação de responsabilidades, Lemann abordou sua experiência em Harvard e sua trajetória empreendedora, encorajando os jovens a arriscar e adquirir experiência prática antes de se aventurarem em escolas de negócios. O empresário também mencionou a necessidade de preparar a próxima geração para assumir o controle dos negócios, reconhecendo a importância de uma nova governança para garantir a continuidade e o sucesso das operações.
Em meio a este desafio, Lemann reiterou seu compromisso com a Americanas e a confiança em uma recuperação positiva para a empresa. Com o apoio de seus parceiros e a determinação em superar os obstáculos, o bilionário demonstra resiliência e perseverança diante das adversidades, mantendo sua reputação como um dos principais investidores do cenário nacional e internacional.