Durante a ação, dois veículos utilizados pelos criminosos foram apreendidos e medidas judiciais foram executadas para bloquear R$ 2 milhões, visando a restituição dos valores às vítimas lesadas. Este golpe, de grande incidência em Maceió, funcionava por meio de uma abordadora, geralmente uma mulher, que encontrava as vítimas nas proximidades de bancos em áreas abastadas. A criminosa simulava possuir um bilhete de loteria premiado e pedia ajuda para resgatar o valor, alegando questões religiosas que a impediam de fazê-lo plenamente por conta própria.
Em um elaborado teatro, outro integrante do grupo aparecia como um transeunte despretensioso e se oferecia para ajudar, convencendo a vítima a investir no prêmio por meio de falsos telefonemas que confirmavam a história. O golpe obrigava os idosos a realizar transferências bancárias expressivas ou a contratar empréstimos, com valores sendo rapidamente pulverizados em contas de terceiros para burlar as autoridades.
A operação contou com uma articulação interestadual, com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul desempenhando um papel vital na coordenação dos esforços, assim como a colaboração da Delegacia de Passo Fundo e unidades especializadas de investigação de crimes cibernéticos do Paraná. A logística do cumprimento dos mandados, mesmo a longa distância de Porto Alegre para Passo Fundo, foi facilitada pela disponibilização de uma aeronave institucional pelo Departamento de Aviação da Polícia Civil gaúcha, garantindo agilidade e eficácia aos investigadores alagoanos.
