As medidas adotadas pelo governo Biden incluem uma série de iniciativas significativas. Entre elas, está a autorização para que a Ucrânia ataque em profundidade no território russo, utilizando mísseis de longo alcance. Essa decisão, porém, foi recebida com preocupações por parte de Moscou, que considera essa movimentação uma escalada do conflito. Além disso, Biden permitiu que minas antipessoal fossem enviadas para a Ucrânia, uma decisão controversa, criticada por defensores dos direitos humanos e por organizações internacionais.
Outra questão relevante é a disposição de Biden em cancelar quase US$ 5 bilhões da dívida ucraniana, uma ação que poderia oferecer um alívio financeiro significativo a Kiev neste momento delicado. Especialistas sugerem que essas manobras estão diretamente ligadas ao desejo de Biden de fortalecer a posição ucraniana, não apenas por solidariedade, mas também como uma forma de deixar um legado que possa ser defendido frente a uma possível mudança de direção sob a administração de Trump.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu buscar uma solução negociada para o conflito em curso, afirmando que poderia resolver a situação na Ucrânia em um único dia. Por outro lado, suas críticas à maneira como os Estados Unidos têm lidado com o governo ucraniano são frequentes, chegando a rotular Zelensky como “o maior comerciante da história” em relação ao apoio militar e financeiro que recebe.
Dessa forma, enquanto Biden trabalha para solidificar o apoio a Ucrânia, um cenário complexo se desenha. Especialistas observam que as decisões tomadas agora podem, paradoxalmente, beneficiar Trump, ao deixá-lo em uma posição mais favorável para negociar um acordo de paz no futuro. Esta dinâmica ressalta como a política internacional e doméstica podem estar interligadas de maneira imprevisível, especialmente em tempos de crise.