Espera-se que a nova ordem executiva de Biden, se aprovada, se torne um marco significativo na política energética do país, solidificando uma abordagem mais restritiva em relação à exploração de combustíveis fósseis em áreas consideradas ambientalmente sensíveis. Assim, a medida não deve afetar as operações já estabelecidas em arrendamentos existentes, mas terá um impacto de longo prazo no futuro da exploração de petróleo nas águas em questão. O decreto, conforme previsto, não poderá ser revogado por um futuro presidente, o que levanta questões sobre a continuidade da política ambiental nos próximos anos.
A reação a essa proposta não tardou. A equipe de transição de Donald Trump, ex-presidente e desafiante nas eleições, criticou a medida, alegando que ela interferiria negativamente na autonomia energética dos Estados Unidos. Durante suas campanhas, Trump havia prometido aumentar a produção interna de petróleo e gás, defendendo a independência energética do país. No entanto, sua administração também impôs, em seu último ano, uma moratória sobre a exploração de petróleo offshore em partes da Flórida, Geórgia e Carolina do Sul, decisão que acabou sendo vista como uma tentativa de apaziguamento de eleitores locais.
Nesse cenário, Biden e suas políticas enfrentam uma intensa batalha política, com a expectativa de que o novo decreto não apenas reafirme seu compromisso com a proteção ambiental, mas também leve a um acirramento da competição política entre democratas e republicanos no que tange às questões energéticas.