A medida de indulto é interpretada por muitos como uma ação para proteger não apenas a reputação de Hunter, mas também a imagem da presidência de Biden. Em sua declaração, o presidente reiterou seu compromisso de não interferir nas atuações do Departamento de Justiça, manifestando seu desejo de que as acusações eram uma forma de ataque injusto à sua família. “Nenhuma pessoa razoável que olhe para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer outra conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque ele é meu filho – e isso é errado”, afirmou Biden.
As apresentações legais contra Hunter Biden são graves, incluindo duas acusações de sonegação fiscal intencional relacionadas a mais de US$ 100.000 não pagos nos anos de 2017 e 2018. Além disso, Hunter também foi acusado de posse ilegal de uma arma de fogo enquanto lidava com sua dependência de substâncias, o que infringe as leis federais e poderia resultar em até 10 anos de prisão. Um júri já o considerou culpado, e as sentenças nos dois casos estão agendadas para meados de dezembro, com a primeira audiência marcada para o dia 12 em Delaware e a segunda para o dia 16 na Califórnia.
O apoio da Casa Branca a Hunter Biden está alinhado com a retórica do presidente sobre as dificuldades enfrentadas por sua família. “Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar – e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já chega,” disse Biden, expressando sua frustração com a situação. A decisão de emitir o indulto reflete uma tentativa de consolidar sua posição num cenário político cada vez mais polarizado e controverso, enquanto a administração enfrenta pressões tanto internas quanto externas. Com o indulto, Biden espera não só aliviar a carga legal sobre seu filho, mas também mitigar os impactos na sua própria presidência.