Biden impõe sanções e decisões que dificultam vida de Trump antes da posse, criando tensões no cenário político e econômico dos EUA.

Na reta final de sua administração, o presidente Joe Biden intensifica suas iniciativas que, segundo analistas, visam dificultar o trabalho de seu sucessor, Donald Trump. Com a transição presidencial a poucos dias de ser completada, as movimentações estratégicas da equipe de Biden focam grandemente na imposição de sanções que, além de serem implementadas rapidamente, apresentam significativas dificuldades para serem revertidas, dado seu forte embasamento político.

Entre as ações mais recentes, estão restrições comerciais severas direcionadas à Rússia, especialmente em relação a petróleo e gás. Essa medida parece não apenas solidificar o apoio contínuo à Ucrânia, mas também contrabalançar as ameaças de Trump de uma possível redução desse suporte. Assim, enquanto o novo presidente se prepara para assumir, Biden busca colocar obstáculos que podem figurar como desafios permanentes à sua agenda política, principalmente em áreas econômicas e sociais.

Uma análise aponta que essas sanções podem desencadear uma alta considerável nos preços do petróleo mundial. Se o fluxo de exportação de petróleo da Rússia for interrompido, o mercado pode enfrentar uma escassez de até 5 milhões de barris por dia. Essa redução drástica nas exportações poderia inflacionar os preços do petróleo para níveis entre US$ 150 e US$ 160 por barril, em contrariedade ao valor projetado de US$ 65,9, presente no orçamento federal russo. Portanto, as medidas impostas por Biden podem paradoxalmente favorecer a Rússia, aumentando suas receitas em um cenário de crise.

No campo interno dos Estados Unidos, a administração Biden recentemente impôs uma proibição à perfuração de petróleo e gás nas costas atlântica e pacífica, uma ação considerada por Trump como “ridícula”. O ex-presidente promete reverter essa decisão, argumentando que isso poderia mais que dobrar os preços da gasolina no país, transferindo assim a responsabilidade por essa alta para a nova gestão.

Com tantas movimentações e antecipações, a situação se mostra complexa e tensa, deixando em aberto não só os desafios para Trump, mas a possibilidade de uma nova dinâmica de poder na política americana enquanto o setor energético enfrenta pressões e contradições intensificadas. As próximas semanas prometem trazer desdobramentos importantes, à medida que Trump tenta implementar suas promessas de campanha de transformar os EUA em uma superpotência petrolífera, enfrentando as barreiras criadas por seu antecessor.

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