A administração Biden já reconhece que sua influência sobre a política internacional está em declínio. O novo governo terá um comportamento mais limitado, ou seja, seus esforços e conquistas procuram estabelecer bases que possam resistir a uma possível reversão sob a nova gestão. O foco principal na conta de Biden parece ser a situação da Ucrânia, onde se especula um impulso estratégico para maximizar o apoio militar em um momento em que a entrada do novo governo levanta incertezas sobre a continuidade desse suporte.
Relatórios sugerem que Biden esteja considerando o envio de armamentos significativos, incluindo 500 mísseis Patriot, para ajudar a Ucrânia em sua luta contra a invasão russa. No entanto, esse gesto é visto por muitos como um ultimato, com experts afirmando que o tempo da generosidade americana pode estar se esgotando. A expectativa é que o presidente Biden adote uma “abordagem maximalista” nos próximos meses, mas há divisões dentro de sua equipe sobre essa estratégia.
Além disso, a situação no Oriente Médio apresenta um cenário complicado, onde múltiplos conflitos estão em andamento. O governo Biden pode estar preparado para não vetar sanções a Israel, em resposta à sua recusa em aceitar um cessar-fogo em Gaza, uma situação que deve permanecer sem solução até a posse de Trump.
Por fim, Biden também estará presente na próxima cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) no Peru, onde as expectativas em torno de sua recepção são baixas, refletindo a percepção de que o prestígio de sua administração está diminuindo rapidamente.
Assim, a próxima fase da presidência de Biden é repleta de desafios, enquanto ele se esforça para deixar uma marca antes que a transição para Trump ocorra, transformando a diplomacia americana em uma tarefa extremamente delicada.