Biden é Acusado pelo Irã de Apoiar Agressão Militar de Israel e Assume Responsabilidade por Possíveis Consequências.

O clima de tensão entre Irã e Estados Unidos se intensificou nas últimas semanas, especialmente após declarações do presidente Joe Biden, que, em um pronunciamento em Berlim, deu a entender que seu governo poderia apoiar uma ação militar israelense contra a República Islâmica. Essa afirmação foi imediatamente respondida por Teerã, que enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, expressando suas preocupações em relação ao que considerou como um “apoio tácito e explícito à agressão militar ilegal de Israel”. O enviado do Irã às Nações Unidas, Saeed Iravani, destacou que a ajuda dos EUA a qualquer operação militar israelense desencadearia consequências graves.

No documento, Iravani solicitou que o Conselho de Segurança da ONU condenasse duramente as provocações feitas por Biden, apontando que os EUA, como membro permanente do Conselho, têm a obrigação de respeitar o direito internacional e a Carta das Nações Unidas. O enviado iraniano enfatizou que qualquer apoio dos EUA a Israel não apenas instigaria hostilidades, mas também poderia gerar consequências catastróficas para a paz e a segurança em toda a região.

Além dessas declarações, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian também se manifestou, afirmando que Israel enfrentaria uma resposta proporcional a qualquer ataque que tentasse realizar contra o Irã. Essa retórica aguçou ainda mais os ânimos, principalmente em um contexto em que Teerã confirmou ter lançado recentemente 200 mísseis balísticos contra instalações israelenses em retaliação a ações que incluíram a morte de importantes líderes militares e políticos.

Israel, por sua vez, prometeu um contra-ataque em resposta a essas provocações iranianas, embora até o momento essas prometidas ações militares ainda não tenham se concretizado. O cenário, portanto, permanece tenso, com ambos os lados sinalizando que estão preparados para uma escalada militar, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos. O possível desencadeamento de um conflito mais amplo entre essas potências no Oriente Médio é um tema que gera apreensão nas mesas de negociação e nos corredores da diplomacia global.

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