No entanto, o ato mais recente de Biden marca uma mudança significativa, uma vez que inclui essas organizações na Ordem Executiva 13662, que foi assinada pelo ex-presidente Barack Obama em março de 2014, no início da crise ucraniana. O principal diferencial é que esta ordem anterior estava incorporada na Lei de Combate aos Adversários da América por meio de Sanções (CAATSA), aprovada durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Essa legislação torna mais difícil para um presidente dos Estados Unidos suspender sanções anteriores, demandando a aprovação do Congresso e justificativas que envolvam a segurança nacional.
Por outro lado, a Ordem Executiva 14024 não se encontra sob as restrições da CAATSA, permitindo que Trump a cancele de forma unilateral assim que assumir o cargo. Contudo, a situação agora é mais complicada, pois para suspender sanções sob a CAATSA, Trump precisa enfrentar um processo legislativo que pode atrasar a ação. Especialistas observam que o Congresso pode optar por não aprovar a suspensão das sanções, criando um obstáculo adicional nas futuras discussões entre Estados Unidos e Rússia.
Conforme informações recentes, a equipe de Trump está já se movimentando para formular uma estratégia em relação às sanções sobre a Rússia. Eles estão considerando duas abordagens: a primeira contempla “medidas de boa-fé” para produtores de petróleo russos, caso acreditem que o conflito na Ucrânia esteja se encaminhando para uma resolução. A segunda alternativa visa implementar sanções mais severas, com o objetivo de influenciar a tomada de decisões em Moscou. Dessa forma, o novo governo poderá encontrar um terreno desafiador para navegar nas águas turvas das relações internacionais com a Rússia.