Essa operação, intitulada “Último Ato”, foi conduzida com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e teve como alvo a prisão dos dois indivíduos denunciados pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnácio, que aconteceu em novembro de 2020 em um estacionamento de helicópteros no Recreio dos Bandeirantes. De acordo com as investigações, Rogério de Andrade teria sido o mandante desse crime.
Rogério de Andrade e Fernando de Miranda Iggnácio eram genro e sobrinho, respectivamente, do falecido Castor de Andrade, uma figura icônica no mundo do jogo ilegal no Rio de Janeiro. Após a morte do tio em 1997, Rogério assumiu o controle do negócio, apesar de, na época, o filho de Castor, Paulinho, ser apontado como o sucessor natural. No entanto, Paulinho foi assassinado cerca de um ano depois, e Rogério chegou a ser acusado como mandante do crime, mas foi absolvido.
Essa não é a primeira vez que Rogério de Andrade é envolvido em investigações relacionadas à morte de Fernando de Miranda Iggnácio. Em março de 2021, ele foi denunciado, mas a ação penal foi trancada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal em fevereiro de 2022 por falta de provas. No entanto, um novo Procedimento Investigatório Criminal realizado pelo Ministério Público identificou elementos que ligam não só Rogério de Andrade, mas também Gilmar Eneas Lisboa, ao homicídio.
O contraventor Fernando Miranda Iggnácio foi morto a tiros de fuzil em novembro de 2020, após desembarcar de um helicóptero em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, como informado pela polícia na época. Resta aguardar os desdobramentos dessas novas prisões e a evolução das investigações que envolvem os principais nomes do crime organizado no Rio de Janeiro.