Biblioteca Mário de Andrade Fecha Após Roubo de Obras de Matisse e Portinari
A Biblioteca Mário de Andrade, um importante ponto cultural de São Paulo, foi fechada após um audacioso roubo na manhã do último domingo, 7 de dezembro. Durante a ocorrência, cinco homens armados invadiram o espaço e levaram 13 obras valiosas que participavam da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. Dentre as peças subtraídas, estavam oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Cândido Portinari, ambas figuras emblemáticas da arte brasileira e internacional.
Segundo relatos da polícia, a ação foi rápida. Os criminosos conseguiram render o vigilante da biblioteca e fugiram em direção à estação Anhangabaú, situada na Linha 3 do metrô paulistano. Após o incidente, o espaço foi submetido a uma perícia pela Polícia Civil. A biblioteca não abriu suas portas ao público durante todo o domingo e, por enquanto, não há previsão para sua reabertura.
Felizmente, não houve registros de feridos na ação. A Prefeitura informou que as obras estavam seguradas e que as gravações do sistema de monitoramento foram entregues às autoridades competentes. De acordo com informações recentes, a exposição tinha horários definidos para a visitação aos sábados, domingos e feriados até as 18h.
Esse não é o primeiro incidente do tipo envolvendo a biblioteca. Em anos anteriores, como em 2006 e 2008, a instituição já havia sido alvo de furtos que resultaram na recuperação de gravuras e livros raros em operações envolvendo a Polícia Federal. Em 2024, a PF anunciou a devolução de peças que foram furtadas em períodos passados, mostrando um esforço contínuo para proteger o acervo cultural do país.
Após o roubo, as autoridades locais emitiram notas confirmando o ocorrido e o encaminhamento de imagens e gravações à polícia. No entanto, até o momento, não houve uma data definida para que a Biblioteca Mário de Andrade possa reabrir suas portas e retomar suas atividades, mantendo viva a rica cultura que abriga. A situação levanta preocupações sobre a segurança dessas instituições culturais e a necessidade urgente de medidas mais eficazes para a proteção de bens que são parte do patrimônio histórico e artístico do Brasil.
