Essa despesa, que abrange o pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios, é uma das que mais pressionam as contas públicas da União. Além disso, o governo precisa lidar com outras despesas obrigatórias, como salários e transferências constitucionais para Estados e municípios, tornando o cenário ainda mais desafiador.
Diante desse contexto, a equipe econômica do governo anunciou uma revisão nas despesas para tentar economizar R$ 25,9 bilhões em 2025. No entanto, não foram feitos cortes estruturais nos programas e os benefícios continuam vinculados ao salário mínimo, com crescimento real todos os anos.
Uma das medidas esperadas para gerar economia é a revisão nos benefícios do INSS. O governo projeta uma redução de R$ 7,3 bilhões em despesas, a maior parte proveniente do uso do Atestmed, sistema que permite a análise documental eletrônica em casos de benefícios de curta duração.
Além disso, o governo destacou que o crescimento vegetativo dos benefícios, o reajuste do salário mínimo e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são fatores que influenciam significativamente as despesas previdenciárias. Outras despesas, como abono salarial, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), também terão um aumento expressivo em 2025, pressionando ainda mais o Orçamento.
Com as despesas obrigatórias representando 92% do Orçamento em 2025, o governo enfrenta um desafio para conciliar o pagamento de benefícios previdenciários com os investimentos e o custeio da máquina pública. A busca por alternativas para equilibrar as contas e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário continua sendo uma prioridade para as autoridades.