Benefícios da Previdência Social atingem R$ 1 trilhão em 2025, colocando pressão nas contas públicas, segundo Projeto de Lei Orçamentária.

Os benefícios da Previdência Social estão se tornando cada vez mais onerosos para os cofres do governo federal. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pelo governo Lula ao Congresso Nacional, os gastos com a Previdência Social atingirão a marca de R$ 1 trilhão em 2025, o que representa um aumento significativo em relação aos R$ 923 bilhões programados para 2024.

Essa despesa, que abrange o pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios, é uma das que mais pressionam as contas públicas da União. Além disso, o governo precisa lidar com outras despesas obrigatórias, como salários e transferências constitucionais para Estados e municípios, tornando o cenário ainda mais desafiador.

Diante desse contexto, a equipe econômica do governo anunciou uma revisão nas despesas para tentar economizar R$ 25,9 bilhões em 2025. No entanto, não foram feitos cortes estruturais nos programas e os benefícios continuam vinculados ao salário mínimo, com crescimento real todos os anos.

Uma das medidas esperadas para gerar economia é a revisão nos benefícios do INSS. O governo projeta uma redução de R$ 7,3 bilhões em despesas, a maior parte proveniente do uso do Atestmed, sistema que permite a análise documental eletrônica em casos de benefícios de curta duração.

Além disso, o governo destacou que o crescimento vegetativo dos benefícios, o reajuste do salário mínimo e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são fatores que influenciam significativamente as despesas previdenciárias. Outras despesas, como abono salarial, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), também terão um aumento expressivo em 2025, pressionando ainda mais o Orçamento.

Com as despesas obrigatórias representando 92% do Orçamento em 2025, o governo enfrenta um desafio para conciliar o pagamento de benefícios previdenciários com os investimentos e o custeio da máquina pública. A busca por alternativas para equilibrar as contas e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário continua sendo uma prioridade para as autoridades.

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