Bebidas Alcoólicas Ilegais Representam 15% do Mercado Brasileiro e Colocam Saúde em Risco, Alerta Instituto Brasileiro da Cachaça

Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) revelou um quadro alarmante sobre o comércio de bebidas alcoólicas no Brasil. De acordo com o levantamento, cerca de 15% de todas as bebidas alcoólicas comercializadas no país são ilegais, o que inclui produtos falsificados e contrabandeados. Essa situação é especialmente preocupante no segmento das vodcas, onde uma em cada cinco garrafas vendidas é considerada falsificada. No caso do uísque, a situação não é melhor: uma em cada quatro unidades que circulam no mercado não possui registro legal.

A existência de bebidas irregulares não apenas prejudica a integridade do mercado, mas também acarreta significativas perdas econômicas para o Brasil. Em 2017, estima-se que o país deixou de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões em impostos devido à legalidade contestada no setor de bebidas. Esses números destacam a magnitude do problema, que não afeta apenas os produtores legítimos, mas toda a economia.

O perigo vai além da questão financeira. Especialistas em saúde pública alertam para os riscos significativos associados ao consumo dessas bebidas falsificadas. Muitas vezes, elas são produzidas em condições inadequadas e podem conter substâncias tóxicas, como metanol, que são extremamente prejudiciais à saúde e podem resultar em intoxicações que levam a complicações graves ou até mesmo à morte.

Diante de tal cenário, o Ibrac enfatiza a necessidade de mobilização para enfrentar o comércio ilegal de bebidas. A entidade defende que campanhas educativas e a colaboração entre o governo e a iniciativa privada são essenciais para conscientizar a população sobre os riscos e a importância de consumir apenas produtos legítimos. Para os consumidores, a recomendação é clara: adquiram bebidas alcoólicas exclusivamente em estabelecimentos de confiança e sempre verifiquem a presença de selos de autenticidade nos produtos. Essa conscientização pode ser um passo fundamental para proteger tanto a saúde da população quanto a economia nacional.

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