O embate teve início quando o deputado Marcel Van Hattem, do partido Novo do Rio Grande do Sul, questionou de maneira incisiva as declarações de Lupi, insinuando que o ex-ministro tinha sua parte de responsabilidade nas fraudes. À medida que Van Hattem inquiria Lupi, o ex-ministro solicitou que as perguntas fossem feitas de forma mais ordenada, afirmando que responderia apenas ao final. Essa interação rapidamente evoluiu para um ambiente caótico, quando o deputado Alfredo Gaspar, do União Brasil de Alagoas, interveio, sugerindo que Lupi poderia optar pelo silêncio em vista da gravidade das acusações.
O clima conflituoso se intensificou; enquanto Van Hattem e Lupi se altercavam, outros deputados, como Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, e o presidente da comissão, Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, se envolveram em discussões acaloradas com outros parlamentares, como Rogério Correia e Sóstenes Cavalcante. O tumulto se prolongou por mais de dez minutos, até que a mesa decidiu cortar os microfones, buscando restabelecer a ordem.
Após a interrupção, a sessão foi retomada, e Van Hattem continuou sua linha de questionamento, mas enfrentou o silêncio de Lupi, que, agora, mais tranquilo, pediu uma pausa de dez minutos. Ao voltar, o ex-ministro desferiu suas respostas, negando qualquer envolvimento nas fraudes. Lupi afirmou categoricamente que não apenas não tinha conhecimento das irregularidades, como também não acobertou nenhum ato ilícito durante sua gestão. A sessão, apesar do forte início tumultuado, seguiu seu curso com promessas de maior clareza nas investigações.