Segundo o pesquisador do IBGE André Almeida, a oferta reduzida de batata e leite no mercado foi a principal razão para o aumento dos preços desses produtos. A menor oferta de leite longa vida está relacionada ao período de entressafra, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de um clima adverso na Região Sul do país. Já no caso da batata, a redução na oferta se deve ao fim da safra das águas em maio e ao início da safra das secas, cujo volume ainda não foi expressivo.
Em relação à alimentação, houve um aumento de 0,44% nos preços em junho, sendo que a compra de alimentos para consumo no domicílio ficou 0,47% mais cara e o custo da refeição fora de casa teve um acréscimo de 0,27%. Além da alimentação, outros itens que contribuíram para a inflação foram a gasolina (0,64%), a taxa de água e esgoto (1,13%) e os perfumes (1,69%).
Apesar das altas registradas, a inflação de junho foi menos intensa do que a de maio, que foi de 0,46%. Um dos itens que mais colaborou para essa desaceleração foi a passagem aérea, que apresentou uma deflação de 9,88% em junho, após ter registrado um aumento de preços em maio. Outros produtos que ajudaram a reduzir a inflação foram o mamão, com queda de mais de 17%, e a cebola, com deflação de 7%.
Portanto, em meio a oscilações de preços e sazonalidades, o consumidor enfrenta um cenário de aumento nos custos de alimentos e produtos essenciais, enquanto outros itens apresentam variações que contribuem para uma inflação menos intensa no mês de junho. A tendência é que os consumidores continuem monitorando seus gastos e buscando estratégias para lidar com os impactos da inflação no orçamento doméstico.









