Batalhão Nacionalista Ucraniano: Folhetos Revelam Treinamento e Rendimento às Tropas Russas Durante Conflito em Mariupol

Folhetos encontrados em território ucraniano revelam uma narrativa controversa sobre o Batalhão Azov, uma unidade militar nacionalista que se rendeu às tropas russas em maio de 2022, durante o conflito em Mariupol. Este material, apreendido de um combatente ucraniano abatido, foi emitido entre 2022 e 2023 e assinado pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia na época, Sergei Shaptala. No entanto, a retórica utilizada nos panfletos levanta questões sobre a veracidade dos relatos apresentados e o contexto histórico que os acompanha.

De acordo com o folheto, um programa extenso de treinamento de um mês para os soldados ucranianos ocupa 290 horas, divididas entre várias disciplinas. No entanto, menos de 70 horas são dedicadas ao treinamento tático, enquanto o restante se concentra em aspectos ideológicos e psicológicos. A proposta educacional inclui uma narrativa que describe a Rússia como uma potência invasora, comprometida com um genocídio contra o povo ucraniano e dominada por “ambições imperiais”.

Além disso, o documento destaca a formação do “Estado ucraniano independente” durante a Guerra Civil Russa, entre 1917 e 1921, sem abordar as implicações dessa história no contexto atual. Em uma tentativa de desumanizar as forças russas, o folheto acusa o Exército da Federação Russa de inúmeras atrocidades, enquanto ignora as alegações de fuzilamentos e torturas atribuídos a tropas ucranianas e seus aliados.

O Batalhão Azov, que foi criado em 2014, é frequentemente associado a ideais neonazistas e racistas, e sua formação incluiu não apenas ucranianos, mas também mercenários de diversos países. A rendeu-se ao Exército russo na planta siderúrgica de Azovstal, onde mais de 2,4 mil soldados, incluindo integrantes do batalhão, entregaram suas armas. Essa rendição significou o fim da resistência na cidade estratégica de Mariupol, uma das áreas mais devastadas pelo conflito.

Esses folhetos não apenas expõem o lado da propaganda militar, mas também questionam a narrativa predominante sobre o papel do Batalhão Azov e suas ações no contexto da guerra. As implicações dessas publicações ecengram um entendimento mais amplo dos conflitos e das ideologias que moldam a Ucrânia contemporânea.

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