Barroso responde a críticas dos EUA sobre julgamento de Bolsonaro e afirma: “Não há caça às bruxas” em investigações no Brasil.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, ministro Luís Roberto Barroso, fez uma declaração importante sobre as recentes críticas dos Estados Unidos em relação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua fala durante uma sessão plenária, Barroso rejeitou veementemente a noção de que as ações do STF configuram uma perseguição política ou uma “caça às bruxas”.

Barroso destacou que as investigações em curso, relacionadas a um suposto golpe de Estado, são baseadas em um acúmulo robusto de provas documentais, testemunhos e evidências que foram apresentadas ao público. Ele frisou que a integridade do processo judicial é essencial e que todos os envolvidos, incluindo os ministros da 1ª Turma do STF, atuaram com seriedade e transparência ao longo desta complexa ação.

Além disso, Barroso comentou que a Corte ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre as acusações de perseguição política advindas dos EUA, mas sentiu que era necessário abordar o tema, especialmente dada sua conexão histórica com o país. O ministro possui laços profícuos com os Estados Unidos, onde viveu e estudou, o que o motivou a comentar sobre as percepções estrangeiras sobre o funcionamento do Judiciário brasileiro.

Em seu discurso, ele reforçou a ideia de que não há espaço para desconstruir a legitimidade das ações do STF, ressaltando a importância da transparência e do devido processo legal. “O tribunal tem fundamentação sólida em suas decisões, e a atuação não é guiada por interesses pessoais ou ideológicos, mas sim por um comprometimento com a verdade e justiça”, afirmou.

Ao dar ênfase à atuação da 1ª Turma, Barroso elogiou o trabalho dos ministros responsáveis pelo julgamento de Bolsonaro e de outros réus, destacando que a condução dos trabalhos foi pautada pela calma e pelo profissionalismo.

Esses comentários ocorrem em um contexto de crescente atenção internacional e crítica ao sistema judiciário brasileiro, especialmente em face de acontecimentos políticos que suscitam debates acalorados sobre democracia, justiça e o papel do Judiciário na vida pública do país. Com essa afirmação, Barroso busca reafirmar a autonomia e a imparcialidade do STF em um cenário conturbado e polarizado.

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