Barroso destacou que as investigações em curso, relacionadas a um suposto golpe de Estado, são baseadas em um acúmulo robusto de provas documentais, testemunhos e evidências que foram apresentadas ao público. Ele frisou que a integridade do processo judicial é essencial e que todos os envolvidos, incluindo os ministros da 1ª Turma do STF, atuaram com seriedade e transparência ao longo desta complexa ação.
Além disso, Barroso comentou que a Corte ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre as acusações de perseguição política advindas dos EUA, mas sentiu que era necessário abordar o tema, especialmente dada sua conexão histórica com o país. O ministro possui laços profícuos com os Estados Unidos, onde viveu e estudou, o que o motivou a comentar sobre as percepções estrangeiras sobre o funcionamento do Judiciário brasileiro.
Em seu discurso, ele reforçou a ideia de que não há espaço para desconstruir a legitimidade das ações do STF, ressaltando a importância da transparência e do devido processo legal. “O tribunal tem fundamentação sólida em suas decisões, e a atuação não é guiada por interesses pessoais ou ideológicos, mas sim por um comprometimento com a verdade e justiça”, afirmou.
Ao dar ênfase à atuação da 1ª Turma, Barroso elogiou o trabalho dos ministros responsáveis pelo julgamento de Bolsonaro e de outros réus, destacando que a condução dos trabalhos foi pautada pela calma e pelo profissionalismo.
Esses comentários ocorrem em um contexto de crescente atenção internacional e crítica ao sistema judiciário brasileiro, especialmente em face de acontecimentos políticos que suscitam debates acalorados sobre democracia, justiça e o papel do Judiciário na vida pública do país. Com essa afirmação, Barroso busca reafirmar a autonomia e a imparcialidade do STF em um cenário conturbado e polarizado.