O ministro descreveu esse momento como “muito especial”, ressaltando que iniciou sua jornada no Supremo em Salvador e, de certa forma, pode encerrá-la também no mesmo local. Barroso mencionou a importância de reconhecer o timing certo para entradas e saídas profissionais, sugerindo que está contemplando essa fase final de sua atuação no tribunal. Recentemente, Barroso deixou a presidência do STF, que agora está sob a liderança de Edson Fachin. Essa mudança de comando é vista como uma tentativa de distensionar as relações políticas em torno do Supremo e de diminuir os questionamentos sobre as decisões da Corte.
A saída de Barroso pode ter implicações significativas para o futuro do STF e da política nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá a importantíssima responsabilidade de indicar um novo ministro para preencher a vaga deixada por Barroso. O advogado-geral da União, Jorge Messias, é apontado como o candidato mais provável para assumir o cargo.
Além disso, se Lula for reeleito em 2026, sua missão poderá se expandir. O presidente precisará considerar novos nomes para substituir outros quatro ministros que também alcançarão a idade aposentatória nos próximos anos, como Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Entre os potenciais sucessores estão o senador Rodrigo Pacheco, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho.
A expectativa sobre quem assumirá essas cadeiras e a direção que o STF tomará em um futuro próximo geram um clima de incerteza e especulação no cenário político brasileiro.