Esse concurso, que oferta vagas em 212 serventias, foi marcado por uma série de desafios e entraves judiciais ao longo dos anos. O processo contou com diversas contestações sobre os cartórios que deveriam ser declarados vagos, além de dificuldades na formação da comissão responsável pela organização da disputa.
Segundo informações, o CNJ teve que intervir, convocando o desembargador Marcelo Berthe, do Tribunal de Justiça de São Paulo, para presidir a comissão organizadora, já que os desembargadores locais estavam impedidos devido a vínculos com candidatos ou interinos que respondiam pelos cartórios.
Apesar das contestações judiciais que ainda persistem, nada irá impedir a conclusão desse certame. O presidente do TJ de Alagoas, desembargador Fernando Tourinho, acolheu um pedido da União para derrubar liminares em mandados de segurança e suspender processos judiciais.
Essa ação foi vista de forma positiva pelo CNJ, que ressaltou a importância de cumprir o que determina a Constituição de 1988. O presidente da Anoreg, Rogério Portugal Bacellar, elogiou o trabalho da comissão do concurso e do TJ alagoano, destacando a transparência do processo.
A etapa final do concurso foi encerrada no dia 17 de novembro, com a realização de exames orais e análise de títulos. Mais de 200 vagas estão em jogo nesse certame que visa garantir a idoneidade dos registros oficiais nos cartórios. Alagoas é o último estado da federação a se adequar às exigências da Constituição Federal nesse sentido.