Barcelona é inocente de acusações de corrupção e favorecimento, defende Pep Guardiola

O caso Negreira, que investiga suposta corrupção empresarial e favorecimento ao Barcelona pelo Comitê Técnico de Árbitros (CTA) da Espanha, continua sendo assunto de intensa discussão. O Sevilla, em repúdio às práticas dos ex-dirigentes do clube catalão, realizou um boicote aos atos institucionais antes da partida da última sexta-feira, 29, o que gerou repercussão além das fronteiras espanholas, chegando ao treinador do Manchester City, Pep Guardiola, que defendeu sua antiga equipe durante o período investigado.

O treinador vencedor da Liga dos Campeões afirmou que as conquistas do Barcelona no período foram mérito próprio, por serem “muito melhores que os rivais”. Ele também negou ter conhecimento de qualquer pagamento do clube a árbitros que poderia ter manipulado resultados ou gerado lucro. Segundo Guardiola, é necessário aguardar o andamento do processo na justiça antes de emitir qualquer opinião.

“Vamos esperar, deixemos a justiça seguir seu curso”, disse Guardiola em entrevista coletiva no sábado. “Não vi nem li nada que comprove que o Barcelona tenha realmente pagado um árbitro para obter lucro. É por isso que quero esperar para dar minha opinião”, completou o técnico do Manchester City, contrariando a postura adotada por outros rivais do Barcelona, como Sevilla e Real Madrid, que já se colocaram como partes prejudicadas no caso.

“Nos nossos dias, vencemos porque fomos muito melhores que os nossos rivais. E quando não fomos, não ganhamos, mas a justiça decidirá o que realmente aconteceu”, acrescentou Guardiola. Durante sua passagem pelo Barcelona, ele conquistou importantes títulos, incluindo duas Liga dos Campeões, dois Mundiais de Clubes e três Campeonatos Espanhóis.

As denúncias do caso Negreira surgiram em março deste ano, sugerindo que o Barcelona teria enviado 7,3 milhões de euros (cerca de R$ 38,89 milhões) a José Maria Enríquez Negreira, enquanto ele ocupava um cargo no CTA. Em outras palavras, o clube teria recebido ajudas da arbitragem durante esse período.

No início do mês, a Guarda Civil da Espanha informou que o comitê de árbitros da federação local não foi imparcial e que ocorreram “operações irregulares” durante a gestão dos dirigentes investigados. Além disso, o relatório divulgado pela entidade destacou a influência exercida por Negreira na diretoria dos árbitros. Até o momento, não há nenhuma condenação ao Barcelona no caso, nem evidências de manipulação de resultados em campo.

Sair da versão mobile