De acordo com Cláudio Sampaio, biólogo e coordenador do Laboratório de Ictiologia e Conservação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o animal avistado é, na verdade, uma arraia da ordem Myliobatiformes. Essa ordem é conhecida por abrigar algumas das maiores espécies de arraias do mundo, como a jamanta e a boca de gaveta, que são comuns nas pescarias da região Nordeste do Brasil. Sampaio explica que, embora a proximidade da arraia com a praia não seja comum, isso pode ser explicado pelo seu comportamento alimentar.
O biólogo esclarece que as arraias costumam ficar mais próximas à superfície durante a busca por pequenos crustáceos e peixes, o que pode ter motivado o avistamento recente. Embora não tenha sido possível identificar a espécie exata nas imagens, ele enfatiza que esses peixes são geralmente tímidos e tendem a evitar o contato com humanos. “A presença de arraias em águas rasas está geralmente relacionada à alimentação. Mesmo sendo criaturas discretas, é prudente que as pessoas mantenham distância e aproveitem a oportunidade para observar a beleza desses animais”, afirmou Sampaio.
Ele também alerta para a vulnerabilidade das arraias, que enfrentam ameaças significativas devido à pesca excessiva, degradação de seu habitat e poluição. Sampaio ressalta a importância da conscientização ambiental, sugerindo que os frequentadores da praia evitem pescar ou consumir arraias, além de promover a preservação dos ecossistemas marinhos. Portanto, enquanto os banhistas podem ter inicialmente sentido pânico, é essencial entender a importância de respeitar e cuidar da vida marinha que nos cerca.