Os protestos tiveram início neste mês com manifestações de estudantes contra um sistema de cotas que reserva mais da metade dos cargos públicos para alguns setores da sociedade, incluindo os filhos dos veteranos da guerra de libertação de 1971. No entanto, as manifestações representam um desafio mais amplo ao governo autocrático da primeira-ministra Sheikh Hasina, que está no poder há 15 anos.
Em meio aos distúrbios, os manifestantes invadiram uma prisão em Narsingdi, a 50 km da capital, libertaram detentos e atearam fogo no local. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou a repressão e chamou os ataques de “particularmente chocantes e inaceitáveis”.
Os confrontos entre a polícia e os manifestantes resultaram em mais de 100 policiais feridos e diversas cabines policiais incendiadas. A sede da estatal Bangladesh Television em Daca também foi invadida e incendiada por centenas de estudantes.
Apesar dos esforços do governo para conter os protestos, a mobilização continua, desafiando a autoridade do governo e demonstrando a insatisfação generalizada da população. A situação permanece volátil e preocupante, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desenvolvimentos em Bangladesh.