Bancos preveem cenário desafiador para Selic e Dólar até julho, com inflação acima da meta, revela pesquisa da Febraban.

Os principais bancos do Brasil, reunidos sob o guarda-chuva da Febraban, emitiram uma pesquisa que trouxe más notícias para a equipe econômica do governo Lula. A expectativa da maioria dos entrevistados, incluindo nomes como Bradesco, Caixa, Itaú, BRB, BNDES e Santander, é que a taxa Selic não se estabilize até o meio do ano, e que a inflação ultrapasse os 4,5%, estourando o teto da meta estabelecida. Mais preocupante ainda é o fato de 84,2% dos entrevistados acreditarem que a Selic ultrapassará os 14,25% e chegará aos 15% até junho. Além disso, o dólar também não traz boas notícias, com previsão de alcançar a marca dos R$6 e se manter próxima dos R$5,90 em julho.

O corte de gastos proposto pelo governo, que visava uma economia de R$71 bilhões em dois anos, também não convenceu os bancos, que estimam uma economia entre R$40 bilhões e R$55 bilhões. A pesquisa, realizada em dezembro, considerou informações das atas do Copom e projeções para o mercado de crédito ao longo do ano.

Além das questões econômicas, números do Ministério da Saúde revelaram que em 2024 mais pessoas morreram por dengue do que por Covid-19 no Brasil. Foram registradas 5.972 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, desbancando as 5.858 mortes por Covid-19. O número de casos de dengue também atingiu um recorde histórico, com 6.484.890 casos somente no ano passado. Os estados mais afetados foram São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Enquanto isso, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, teve uma primeira semana discreta, com apenas “despachos internos” registrados. No cenário político, a possibilidade de novos nomes na disputa pela presidência em 2026 já começa a ser especulada, com o PSD ainda em indecisão sobre uma possível candidatura à presidência.

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