Bancos americanos enfrentam riscos financeiros após inclusão de empresas chinesas na lista de ‘proibidas’ do Pentágono, aumentando tensões comerciais com a China.



Nos últimos anos, a crescente tensão entre Estados Unidos e China tem levado a novas medidas que impactam a relação comercial entre os dois países. Uma dessas medidas é a recente ação do Pentágono, que adicionou importantes empresas chinesas, como a CATL — uma das maiores fabricantes de baterias para veículos elétricos do mundo e fornecedora da Tesla — a uma lista de entidades sancionadas. Essa decisão pode ter efeitos significativos não apenas sobre as empresas citadas, mas também sobre os bancos de Wall Street, que estavam se preparando para ampliar sua atuação em Hong Kong.

De acordo com estimativas, este movimento poderia afetar cerca de US$ 7,7 bilhões, valor que corresponde a aproximadamente R$ 47 bilhões em investimentos que os bancos têm interesse em realizar ao se associarem a essas empresas. No entanto, agora, esses bancos se veem diante de um dilema estratégico. A inclusão da CATL na lista do Pentágono altera a relação risco-recompensa de qualquer transação que pretendiam realizar com empresas listadas, pois passar a operar com esses nomes implica aceitar novos riscos de mercado e possíveis repercussões legais.

Desde 2004, a CATL tem sido um cliente significativo para várias instituições financeiras americanas, com gastos ultrapassando US$ 524 milhões em taxas de banco de investimento, beneficiando grandes nomes como Morgan Stanley, Bank of America, Goldman Sachs e Citi. Diante da nova situação, os bancos precisam reconsiderar sua posição: continuar a cooperar com essas empresas pode resultar em perdas financeiras futuras, especialmente se as tensões políticas se intensificarem.

Em resposta à inclusão na lista, a CATL e a Tencent, outra gigante afetada, estão considerando ações legais para contestar essa sanção, argumentando que suas operações estão amplamente integradas ao mercado global. A complexidade desse cenário reflete um panorama mais amplo das relações comerciais entre os EUA e a China, que continua a se deteriorar. As consequências dessas ações ainda estão por se manifestar completamente, mas, sem dúvida, a situação atual impõe um cenário de incerteza que pode moldar o futuro das transações financeiras entre os dois países.

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