Banco Itaú em Maceió é fiscalizado após denúncias de longa espera em filas, desrespeitando lei municipal e gerando tumulto em dia de grande demanda.

Na manhã desta quarta-feira, 11 de outubro, uma agência do Banco Itaú, situada na Rua do Sol, no coração de Maceió, foi inspecionada por autoridades após um número expressivo de queixas relacionadas ao descumprimento da Lei Municipal nº 5.516/2006, que limita o tempo máximo de espera em filas bancárias. A fiscalização foi realizada pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL) em conjunto com o Procon Maceió, buscando garantir os direitos dos consumidores.

De acordo com a normativa vigente, o tempo de espera em filas deve ser de no máximo 20 minutos em dias normais, e 30 minutos em períodos de maior movimento. No entanto, relatos de consumidores revelaram que a situação na agência era caótica, com esperas que se estendiam por horas. Um consumidor, por exemplo, relatou ter chegado à agência às 5 da manhã, mas o atendimento efetivo ocorreu apenas por volta do meio-dia.

Durante a fiscalização, os representes do MP/AL e do Procon encontraram a agência com as portas fechadas, enquanto os caixas eletrônicos externos eram a única opção disponível para os clientes. A situação foi ainda mais complicada pela falta de energia elétrica desde às 9h, não havendo qualquer aviso ou previsão de normalização do atendimento. Muitos consumidores, incluindo idosos e pessoas com deficiência, enfrentavam longas filas do lado de fora da agência, expostos ao calor intenso e sem apoio adequado da equipe bancária.

Cecília Wanderley de Almeida, diretora executiva do Procon Maceió, enfatizou que, apesar de reuniões anteriores e orientações para resolver as irregularidades, a agência persistia em operar de maneira insatisfatória. Entre os problemas observados estavam a limitação de atendimento nas plataformas físicas e a escassez de funcionários para ajudar os consumidores mais vulneráveis, como os idosos, na utilização dos terminais eletrônicos.

Outro fator que agravou a situação foi o fechamento recente de uma agência nas proximidades, levando um fluxo maior de clientes à unidade da Rua do Sol, sem que a instituição ajustasse sua equipe para lidar com essa nova demanda. Além disso, a fiscalização identificou que, entre os três caixas eletrônicos disponíveis, um estava sem bobina para impressão de comprovantes, outro funcionava apenas em modo digital e, no melhor dos casos, apenas um funcionário estava disponível para oferecer suporte aos idosos. A situação levou a um aumento considerável da insatisfação dos clientes e chamou a atenção das autoridades competentes para as falhas no serviço prestado pela instituição bancária.