Os representantes do BoE celebraram o fato de a economia britânica estar performando de maneira consistente com as projeções do banco. Essa consistência é vista como um bom sinal, indicando uma força subjacente no crescimento econômico e a ausência de riscos significativos relacionados ao avanço salarial. Clare Lombardelli, vice-presidente do BoE, afirmou que, apesar de observar uma redução nas pressões inflacionárias, ainda há um nível considerável de incerteza, o que demanda uma vigilância constante por parte das autoridades monetárias.
Em complemento, o também vice-presidente do banco, Dave Ramsden, sugeriu que pode ser necessário atingir um nível “um pouco mais elevado” da taxa de desemprego para equilibrar o mercado de trabalho e, consequentemente, alcançar a meta de inflação de 2%. Ramsden, juntamente com Bailey e Lombardelli, foi a favor do recente corte de 25 pontos-base nos juros decidido pelo BoE. Na ocasião, Ramsden mencionou que há espaço para ajustar outras ferramentas de política monetária, como o aperto quantitativo do balanço patrimonial, caso se faça necessário.
Bailey, questionado sobre as condições financeiras do Reino Unido, indicou que há sinais de relaxamento nas condições monetárias e nas taxas de hipoteca, atribuídos à precificação dos mercados sobre as decisões monetárias do BoE. No entanto, o presidente evitou comentar diretamente sobre a precificação do mercado e afirmou que o banco central continuará a “monitorar como o corte de juros desta quinta-feira altera as perspectivas” para futuras deliberações.
Quando questionado sobre as eleições nos Estados Unidos, Bailey preferiu não expressar uma opinião sobre quem poderia ser o próximo presidente, afirmando que o BoE monitorará apenas os efeitos das políticas do novo governo norte-americano sobre o Reino Unido. Esta postura reflete uma visão de prudência e foco nas políticas internas e seus impactos diretos na economia britânica.