A conjuntura externa tem exigido uma postura de cautela por parte dos formuladores de políticas econômicas, especialmente devido ao cenário geopolítico tenso e à recente política comercial dos Estados Unidos, que implementou tarifas elevadas sobre as exportações brasileiras. A sobretaxa de 50% determinada pelo governo de Donald Trump afeta diretamente os produtos nacionais, levando o Copom a analisar cuidadosamente suas repercussões na economia nacional.
Internamente, os indicadores de atividade econômica têm mostrado um crescimento moderado, embora o mercado de trabalho apresente sinais de dinamismo. O Banco Central aponta que, segundo o Boletim Focus, as expectativas de inflação para 2025 e 2026 permanecem acima da meta, situando-se em 5,1% e 4,4%, respectivamente. Para o primeiro trimestre de 2027, a projeção de inflação é de 3,4%, refletindo a necessidade de continuar o monitoramento rigoroso da política monetária.
Desde setembro de 2024, a Selic já aumentou em 4,5 pontos percentuais, atingindo o maior nível desde julho de 2006. Para o ano de 2025, a meta de inflação foi fixada em 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, o que significa que a inflação será considerada cumprida se os índices permanencerem dentro dessa faixa.
Com o cenário econômico repleto de incertezas, o Banco Central destaca a importância de um monitoramento efetivo das condições do mercado para garantir a estabilidade econômica, adotando uma postura de vigilância frente a anúncios de políticas comerciais que possam impactar a economia do país.