O anúncio foi feito por Breno Lobo, chefe adjunto do Departamento de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central. Ele destacou que o novo recurso visa simplificar o processo de contestação das transações realizadas via Pix, que, a partir da implementação do botão, será totalmente digital. A medida é vista como um passo significativo na luta contra fraudes que têm sido um ponto de preocupação crescente para tanto usuários quanto autoridades financeiras.
De acordo com as informações fornecidas, a ferramenta permitirá que os usuários bloqueiem valores que suspeitam serem resultado de fraudes. Após o bloqueio, tanto o banco que realizou a transação quanto o banco da vítima terão um prazo de sete dias para analisar a contestação. Se a análise confirmar que houve de fato uma tentativa de golpe, a devolução dos valores será realizada diretamente na conta da vítima. O prazo estipulado para que esse reembolso aconteça é de até onze dias após a realização da contestação.
Entretanto, é importante salientar que o novo recurso não se aplica a todos os tipos de inadimplência. O botão de contestação não poderá ser utilizado em casos de desacordo comercial, arrependimento ou erros simples, como a digitação incorreta da chave Pix. Esses limites visam garantir que o sistema se concentre em fraudes reais, promovendo assim uma experiência mais segura para os usuários.
A expectativa é de que a nova funcionalidade traga maior confiança ao sistema, incentivando mais pessoas a utilizarem o Pix, que se tornou um dos métodos de pagamento mais populares no Brasil. Com mais segurança, o Banco Central espera que a adoção desse sistema continue a crescer, beneficiando consumidores e comerciantes.