As captações no sistema bancário continuam seguindo tendências de aumento de instrumentos com isenção tributária, além da convergência das taxas praticadas entre os diferentes segmentos e do ganho de participação das instituições financeiras de menor porte. O Banco Central destaca que essas tendências são parcialmente explicadas pelas captações intermediadas por meio de clientes de plataformas de investimento.
Além disso, o REF avalia que a base de capital do sistema financeiro continua sólida e que a estrutura de capital está mais homogênea entre os segmentos de bancos. A autoridade monetária ressalta que a margem de capital regulatório não é uma restrição para a expansão da oferta de crédito de forma sustentável.
Uma das análises presentes no relatório é a redução do Capital de Nível II nos bancos públicos, devido ao menor reconhecimento de instrumentos emitidos antes da implantação de Basileia III e de recursos captados de fundos constitucionais. Ao mesmo tempo, houve um considerável aumento do Capital Principal (CP), considerado de melhor qualidade. Essa mudança deixou a estrutura de capital dos bancos públicos semelhante à dos seus pares privados, tanto em termos de CP quanto em termos de Índice de Basileia (IB).
O Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central apresenta uma análise abrangente da situação do sistema bancário brasileiro no primeiro semestre de 2023. As avaliações conduzidas pelo órgão reforçam a visão de que a estabilidade financeira do país permanece sólida e que as instituições financeiras estão em uma posição confortável para garantir a continuidade dos serviços e da oferta de crédito.