Esta reunião inaugural sob a presidência de Gabriel Galípolo trouxe à tona preocupações sobre o ambiente econômico internacional, especialmente a política econômica dos Estados Unidos, que, segundo o Copom, continua a apresentar desafios. A nota do comitê ressalta que há incertezas sobre os ritmos de desaceleração e desinflação, além de questões relacionadas à postura do Federal Reserve, o banco central americano.
Embora o aumento da taxa de juros vise a estabilidade dos preços, o Banco Central também argumenta que essa medida pode contribuir para suavizar as flutuações na atividade econômica e promover o pleno emprego. O cenário interno apresenta indicadores de atividade econômica e de mercado de trabalho considerados dinâmicos. No entanto, as expectativas de inflação para 2025 e 2026, conforme identificado na pesquisa Focus, têm mostrado tendência de elevação, com números atuais em 5,5% e 4,2%, respectivamente.
Entre os riscos destacados na comunicação do Copom estão a desancoragem das expectativas inflacionárias, a resiliência da inflação de serviços e a combinação de políticas econômicas que podem ter um impacto inflacionário superior ao esperado. Em resposta a essas pressões, o Banco Central avalia que um ajuste na política monetária se faz necessário para administrar essas expectativas e manter a inflação sob controle, diante de um cenário que ainda exige uma abordagem cautelosa por parte dos países emergentes.
A decisão do Copom e suas implicações serão acompanhadas de perto por analistas e agentes de mercado, que buscam compreender como estas mudanças afetarão a economia brasileira a curto e longo prazo, especialmente em um contexto de incertezas globais.