Karynda, uma profissional do setor financeiro, não apresentava antecedentes criminais e levava uma vida considerada tranquila, conforme afirmaram seus advogados. A bancária, que estava a passeio na capital federal, fez a declaração considerada alarmante durante o processo de embarque. Segundo o relato oficial, ela teria dito, em tom de brincadeira, que havia uma bomba em sua mala, o que foi interpretado de forma séria pelo atendente da companhia aérea. Diante da gravidade da situação, o funcionário acionou imediatamente os protocolos de segurança.
A ação da Polícia Federal foi rápida, resultando na detenção de Karynda, enquanto sua amiga, que a acompanhava, foi liberada após permanecer em silêncio. Durante o depoimento que se seguiu à prisão, Karynda reconheceu que sua afirmação foi um equívoco, descrevendo a situação como um mal-entendido.
A defesa de Karynda não tardou a agir e protocolou um pedido de liberdade provisória, destacando a “ilegalidade e desnecessidade” da detenção. Os advogados argumentaram que a bancária é ré primária, possui residência fixa e emprego estável, e ressaltaram que, até o momento, nenhum voo havia sido atrasado ou cancelado por causa do episódio. Em sua petição, enfatizaram que não houve intenção de causar perigo e que a declaração foi apenas uma “piada infeliz”, sem qualquer potencial de dano à segurança aérea.
O caso levanta discussões sobre os limites do humor em ambientes de alta segurança e o rigor das autoridades em situações que podem ser mal interpretadas, refletindo a sensibilidade em relação a ameaças à segurança em transportes aéreos.









