Essa nova configuração do governo acontece porque o Progressistas e o Republicanos foram contemplados com dois ministérios cada. André Fufuca, do Progressistas, ocupará o Ministério do Esporte, enquanto Silvio Costa Filho, do Republicanos, será o responsável pelo Ministério dos Portos e Aeroportos. Com isso, Ana Moser e Márcio França, que ocupavam esses cargos anteriormente, serão substituídos.
Lira explicou que quando um partido indica um ministro que era líder de outro partido na Câmara, é natural que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Casa. Portanto, o Progressistas e o Republicanos agora farão parte da base de apoio do governo na Câmara dos Deputados.
No entanto, o presidente da Câmara ressaltou que fazer parte da base não significa que todos os filiados dos partidos irão votar sempre com o Executivo. Ele afirmou que nenhum partido dá todos os votos, mas acredita em uma base tranquila.
Em relação às indicações para a Caixa Econômica Federal, Lira afirmou que a ideia é contemplar diversas legendas de centro, como União Brasil, Republicanos e até parte do PL. Ele destacou que a transparência será fundamental nesse processo e que as indicações políticas não serão criminalizadas, mas exigirão responsabilidade. A exoneração será o primeiro convite para aqueles que não andarem corretamente.
Além disso, o acordo também prevê que o Republicanos ficará com os cargos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que ainda não foram efetivados.
Com essa nova composição, Lira estima que o governo agora tem entre 340 e 350 votos, o que é suficiente para a aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PEC).
Essas mudanças políticas refletem o movimento constante de articulações e negociações que ocorrem no cenário político brasileiro. A composição da base de apoio do governo na Câmara dos Deputados se altera de acordo com a distribuição de cargos e ministérios entre as legendas aliadas, o que afeta diretamente a dinâmica e os desdobramentos das votações de projetos no Congresso Nacional.