A peça causou alvoroço em sua primeira aparição na Art Basel de Miami, em 2019, atraindo multidões tão grandes que a exposição teve que ser retirada por questões de segurança pública e para proteger as demais obras em exibição.
O leilão ocorreu na Sotheby’s de Nova York, com um preço inicial de US$ 800.000 (cerca de R$ 4,7 milhões) que rapidamente saltou para US$ 5,2 milhões (cerca de R$ 30 milhões) antes de alcançar o valor final. O lance vencedor foi dado pelo empresário de criptomoedas Justin Sun, fundador da Tron, que pagou em criptomoeda e será responsável por substituir a banana à medida que ela apodrecer.
Para Sun, a obra vai além de sua forma física e representa um fenômeno cultural que liga os mundos da arte, memes e criptomoedas. Segundo declarou à Sotheby’s, acredita que a peça inspirará reflexões e discussões futuras, tornando-se parte da história.
Maurizio Cattelan, o artista por trás da obra, já é conhecido por suas criações ousadas, como um vaso sanitário de ouro e uma escultura do papa atingido por um meteorito. Especialistas em arte que analisaram a obra consideraram-na engraçada, absurda e um símbolo do excesso do mercado de arte, comparando-a à peça de Banksy “Garota com Balão”, que se autodestruiu durante um leilão em 2018.
Em meio a polêmicas e debates sobre o que é arte, a venda milionária da banana presa na parede com fita adesiva continua repercutindo no cenário artístico mundial, gerando discussões sobre valor, conceito e o papel da arte na sociedade contemporânea.