Para realizar o recolhimento da baleia, que possuía cerca de 11 metros, foram designados agentes de limpeza e duas máquinas, que foram utilizadas para coletar os restos mortais do animal. Bruno Stefanis, biólogo e mestre em Biodiversidade e Conservação, que estava presente no local como representante do Instituto Biota, esclareceu sobre a situação do animal.
“A certeza é que a baleia já estava morta quando encalhou. Desde as primeiras imagens recebidas ontem, foi observado que o animal já estava cheio de gases, indicando que já estava morto há alguns dias. Portanto, essa baleia não encalhou viva, ela morreu no mar por algum motivo que ainda não conseguimos diagnosticar sem realizar um estudo mais aprofundado, e só então veio a encalhar”, explicou Stefanis.
O diretor-presidente da Alurb, Moacir Teófilo, acompanhou de perto a remoção do mamífero e falou sobre o procedimento adotado. “Trata-se de uma baleia de grande porte e difícil de ser removida. No entanto, estamos realizando o serviço com calma, respeitando o animal. Por recomendação do Instituto Biota, iremos levá-lo para o aterro sanitário, pois, devido à decomposição avançada, não é possível realizar estudos ou qualquer outro procedimento”, ressaltou.
As baleias jubarte, cujo nome científico é Megaptera novaeangliae, podem alcançar até 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas. São facilmente identificáveis pela coloração quase negra do corpo, pela nadadeira dorsal típica da espécie e pelas grandes nadadeiras peitorais, que costumam ser brancas e chegam a representar 1/3 do comprimento total do corpo.
O encalhe de uma baleia jubarte na orla de Ponta Verde chamou atenção devido à sua raridade. Esse tipo de ocorrência demanda ações do poder público, visando à remoção adequada dos restos mortais do animal. A mobilização das equipes responsáveis e especializadas foi essencial para o sucesso do processo. Entretanto, o motivo da morte da baleia ainda é desconhecido, demandando estudos mais aprofundados para sua elucidação.
O encalhe de baleias jubarte é um fenômeno que ocorre com certa frequência, porém sua presença em áreas urbanas, como a orla de Ponta Verde, é pouco comum. A Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana, assim como o Instituto Biota, têm a importante missão de investigar as causas do encalhe, analisando fatores ambientais, doenças e outras possíveis causas que possam levar à morte desses gigantes dos mares.
A remoção da baleia, que contou com a participação de agentes de limpeza e máquinas especializadas, não foi uma tarefa fácil, devido ao tamanho e peso do mamífero. Porém, a operação foi realizada com cautela e respeito ao animal, seguindo as orientações do Instituto Biota, que indicou o encaminhamento da baleia para um aterro sanitário, devido ao avançado estado de decomposição.
É importante ressaltar a necessidade de continuar investigando as causas do encalhe e morte dessas baleias, visando à preservação da espécie e à adoção de medidas que possam minimizar esses episódios. Além disso, a conscientização sobre a importância da preservação marinha se faz fundamental, para que outros mamíferos não vivenciem a mesma triste situação da baleia jubarte encontrada na orla de Ponta Verde.