O comerciante Wagner Cordeiro da Silva, por exemplo, teve prejuízos significativos em sua lanchonete devido à falta de energia. Com todo o estoque de açaí perdido, ele agora adota estratégias para evitar novas perdas, como manter estoques baixos e vender tudo no mesmo dia para não acumular mercadorias. A babá Antonia Vilma Ferreira, por sua vez, viu toda sua comida estragar na geladeira durante o apagão e agora compra comida diariamente para evitar mais prejuízos.
Na região do Campo Limpo, uma das mais afetadas pela tempestade, moradores enfrentam dificuldades para restaurar suas vidas após os estragos. Maria Penha de Oliveira teve sua casa destelhada durante o vendaval e agora gasta dinheiro para reconstruir o telhado e substituir móveis danificados. A rua Nicolas Lancret se tornou um reflexo do caos provocado pela tempestade, com telhados quebrados e móveis destruídos aguardando remoção.
Os trabalhadores da construção civil têm sido bastante requisitados para reparar os danos causados pela tempestade. O pedreiro José Alves Pessoa, por exemplo, reforçava o telhado de um imóvel comercial afetado pelo vendaval. Já o cabeleireiro Daniel Souza precisou instalar escoras em sua casa após uma árvore derrubar parte da alvenaria.
Para muitos moradores, a dependência da rede elétrica causou grandes prejuízos durante a crise. Pensando nisso, cabeleireiros e comerciantes planejam investir em geradores para se prevenir em futuros temporais. A reconstrução e a preparação para enfrentar novas intempéries são os desafios que os moradores de São Paulo enfrentam neste momento de recuperação pós-tempestade.
